Entrevista realizada com o Profº de Física do 1º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi - Luis Carlos Chicherchio.
- Como foi escolhido o curso de arquitetura.
Quando adolescente morava na Mooca e estudava num ótimo colégio estadual. Porem não havia esclarecimento sobre as profissões, achava que teria de fazer engenharia e depois se especializar
- Em que ano e em qual faculdade concluiu o curso?
Luis Carlos se formou em 1967 na FAU-USP.
- Como entrou no mercado de trabalho e em que área começou a atuar? Continuou na área?
No 3º ano havia pouco trabalho no escritório, eles se reuniam apenas a noite já que as aulas eram em período integral. Nas horas vagas dava aula de matemática, física e desenhos para alunos do colégio.
No 4º ano abriram um curso pré-vestibular na USP e ele foi convidado para dar aulas.
No 5º ano conciliava aulas do cursinho, escritório e aulas particulares.
Foi quando a USP dobrou as vagas do curso para ter alunos o suficiente para se mudarem a cidade universitária , então o profº de física do curso o procurou e perguntou se poderia ajuda-lo com a nova turma do ano seguinte.
Ficou durante dois anos com o escritório e as aulas na FAU, foi então que os escritórios entraram em crise por causa do BNH (Banco Nacional da Habitação), as pessoas deixaram de construir suas próprias casas para comprar casas prontas. Diante da situação o escritório foi fechado e ele se dedicou apenas as aulas na USP, em Mogi das Cruzes e em Limeira.
Dava aula de Conforto Ambiental para o curso de arquitetura e de desenho técnico para engenharia.
Depois disso deixou as aulas e foi para a Europa estudar durante um ano. Quando voltou a São Paulo, abriu um escritório de consultoria
- Quais os trabalhos mais marcantes da carreira?
Os nomes dos projetos eram:
ü Projeto Caraíba
ü Projeto Carajás
ü Projeto Barcarena
Os projetos se desenvolveram em 3 anos, de
- Quais as principais diferenças da arquitetura de quando se formou com a de hoje?
Essa diminuição de tempo do aluno nos estudos faz uma grande diferença na formação.
- O que acha que havia no curso que não há hoje e que faz diferença para a formação do arquiteto?
Hoje isso faz muita falta, pois perde-se muito tempo com a parte básica do desenho.
- Quais seus ídolos na arquitetura?
No 4º ano descobriu Marcel Bruer que era racionalista, desde então seguiu sua linha de ‘criação’.
“Queria ter nascido como ele [risos]” – disse o Profº.
- Os objetivos que haviam na escolha do curso foram atingidas durante a vida profissional?
Na FAU a parte técnica era muito difícil, e os projetos passaram por uma reforma. Passaram a ser 4 sequências de projetos:
ü Projeto visual
ü Desenho industrial
ü Desenho de edifícios
ü Planejamento urbano
A 5ª seqüência veio mais tarde (finalmente):
ü Paisagismo
Antes era dito que o arquiteto era treinado para tudo, “um bom arquiteto desenhava desde um bule até um edifício”.
- Desde quando exerce como professor e porque também escolheu essa profissão?
Começou a dar aulas por causa do retorno financeiro, já que aulas particulares eram muito bem pagas.
- Em que área teve maior satisfação profissional?