Depois da temporada que Zé Fernandes havia passado nas serras portuguesas sua visão do belo mudou, ele achava toda aquela civilização e a grande ocupação horrível. Bom mesmo era a vida no campo, onde havia uma casa em cada grande terreno.
Zé Fernandes se recordava do tempo que passou lá enquanto andava pelas ruas abarrotadas e pessoas e grandes construções.
As poucas ruas que haviam no campo eram de terra batida, não haviam cercas nas propriedades e havia muito verde. Arvores, gramados, flores, pomares, uma infinidade de área verde. Mas Zé sentia mesmo a falta do cheiro de terra molhada que tinha quando chovia, aquele ar que ele respirava fundo e sentia os seus pulmões se encherem como não se encheram em Paris.
A casa onde viveu no campo era uma pequena casa branca, feita de barro, com as portas e janelas azuis. Quando saia da casa, descia por três pequenos degraus e chegava ao caminho de pedra até o portão. Por todos os lados desse caminho avistavam-se várias árvores, muitas delas frutíferas, onde Zé colhia as frutas do pé e comia ali mesmo, fresca, com um sabor inesquecível.
A sua amizade por Jacinto era muito grande, e ele não se conformava com o modo que o amigo idolatrava a vida da cidade, não poderia perder uma oportunidade de leva-lo para o campo para mostrar o há de bom mesmo na vida.
E assim o fez, na primeira oportunidade que teve levou o amigo para o campo que concordou com tudo que ele havia falado. E de lá não sai mais !
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